Uma nova maneira de fazer transferências e pagamentos, instantânea e que funciona todos os dias do ano
O Banco Central anunciou, no dia 19 de fevereiro, o chamado Pix, meio de pagamentos instantâneos que permitirá a realização de transferências e pagamentos em até dez segundos.
Hoje, transferências entre contas bancárias de diferentes instituições são feitas através de TEDs e DOCs. Pagamentos de contas são feitos por boletos, transações físicas, por cartões e com dinheiro vivo. Essas operações eletrônicas podem levar dias – e muitas delas acabam custando caro. E o dinheiro vivo pode representar um risco maior tanto para o pagador quanto para o recebedor.
Como funcionará o PIX?
É importante dar contexto de como funciona o atual mercado de pagamentos para explicar como o Pix vai funcionar.
Como funciona hoje
Hoje, existem as seguintes possibilidade para enviar dinheiro para pessoas com contas em outras instituições:
- TED (Transferência Eletrônica Disponível): o dinheiro enviado a outra instituição será creditado na conta de destino até as 17 horas daquele mesmo dia; não existe valor mínimo a ser transferido e valores superiores a R$ 5 mil podem ser enviados;
- DOC (Documento de Ordem de Crédito): o dinheiro cai na conta de destino no dia seguinte, mas pode levar mais de um dia útil caso a transferência seja feita apos as 22h; além disso, o valor máximo que pode ser transferido por DOC é de R$ 4.999,99.
- TED e DOC funcionam somente em dias úteis. Transferências feitas em finais de semana ou feriados nacionais, portanto, são completadas somente no dia útil seguinte, podendo levar dias para ser finalizada.
Como funcionára de agora em diante?
O Pix funcionará 24 horas por dia, 7 dias da semana, em todos os dias do ano. Além disso, as transações serão realizadas em segundos. Em outras palavras, as transações serão realizadas em tempo real. Elas acontecerão sem intermediação de terceiro: o dinheiro sai de uma conta e vai diretamente para a conta de quem receberá os valores.
É como acontecem, hoje, transferências entre contas de um mesmo banco, que são instantâneas, podem ser feitas a qualquer momento e são gratuitas. Essas transações, segundo o BC, podem ser feitas:
- Entre pessoas;
- Entre pessoas e estabelecimentos comerciais;
- Entre estabelecimentos;
- Para entes governamentais, no caso de impostos e taxas.
Para usar o Pix, será necessário que tanto o pagador quanto o recebedor tenham uma conta em banco, instituição de pagamento ou fintech. Não necessariamente essa conta precisa ser corrente.
Vale dizer: o Pix será obrigatoriamente gratuito para pessoas físicas, mas empresas poderão ser cobradas em instituições.
Como usar o PIX?
O Banco Central regulamentou que as transações do Pix poderão ser feitas de diferentes formas:
- Informando os dados bancários de quem vai receber o pagamento, como se faz uma TED e DOC hoje – nome completo, CPF, número da instituição, agência e conta;
- Informando uma chave Pix, que o usuário poderá adicionar a uma conta que já possui; essa chave pode ser o número de celular, e-mail, CPF ou CNPJ – será necessário informar somente um destes;
- Ou também através da leitura de QR Codes, estáticos ou dinâmicos.
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