Com novo aumento da Selic praticamente certo, mercado aguarda novo comunicado do Copom que irá ocorrer no dia 15 de junho
A taxa Selic, de que você tanto ouve falar, é o principal instrumento da política monetária brasileira. É por meio de mudanças nessa taxa de juros que o Banco Central busca controlar a inflação do país. Por isso, é importante você entender os impactos de uma alta, manutenção ou de um corte na taxa básica dos juros no Brasil.
Para calibrar a Selic, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reúne-se a cada 45 dias ao longo do ano. Os encontros duram dois dias (terça e quarta-feira) e a decisão pelo aumento, redução ou manutenção da taxa leva em consideração diversos fatores do cenário macroeconômico
E a próxima reunião, que deve acontecer nos dias 15 e 16 do mês de junho, deve seguir o mesmo rumo das duas reuniões anteriores: o conselho deve seguir aumentando a taxa para frear a inflação.
Mudança de tom
O aperto monetário marca uma postura diferente da de meados do ano passado, quando os preços começaram a subir e o Banco Central dizia que era apenas uma alta pontual.
Hoje, os preços continuam em alta por conta de desajustes na cadeia de suprimentos de alguns setores e por causa da demanda externa, em especial commodities.
A alta do dólar, impulsionada pelo risco fiscal, explica outra parte da alta dos preços. O receio é que a disparada dos IGPs, índices de inflação que são afetados diretamente pela variação cambial, acabem contaminando o IPCA.
Os sinais mais recentes do índice oficial de inflação também trouxeram certo alívio ao mercado. Para Lourenço Neto, responsável de operações da empresa de agentes autônomos Miura Investimentos, o mercado olhará para o quanto as notícias mais recentes de inflação tem impactado as decisões do BC.
Ele avalia que a reforma tributária, cujas discussões foram retomadas em Brasília nesta semana, e a vacinação no exterior podem levar a uma diminuição das expectativas sobre a alta de juros, mas preve uma Selic de até 6,5% até o final de 2021.
Como isso deve impactar o financiamento imobiliário?
Embora a taxa Selic influencie diretamente nos encargos cobrados para se fazer um financiamento imobiliário levara algum tempo ainda para que os efeitos do aumento dos juros básicos cheguem até o mercado imobiliário de forma mais significativa. O dinamismo do setor imobiliário mostra-se sólido e, mesmo que os juros atinjam 5% ou 6% nos próximos anos, espera-se que os incentivos para a compra de imóveis continuem robustos.
Por isso há um consenso de que é um bom momento para comprar a casa própria. Primeiro porque as taxas de juros do crédito imobiliário continuam na mínima histórica. Segundo porque o mercado imobiliário, que vinha estagnado há quase quatro anos está em rota de aquecimento, e isso tende a elevar o preço dos imóveis. Então se você pensa em comprar um imóvel, a hora é agora.
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