Contratações, mesmo durante a pandemia, totalizaram R$ 92,67 bilhões
As contratações de crédito para compra e construção de imóveis no país alcançou a marca de R$ 92,67 bilhões nos 10 primeiros meses de 2020, o que representa um crescimento de 48,8% sobre idêntica etapa do ano passado. O resultado, que considera as operações com recursos da caderneta de poupança, já supera todo o ano de 2019, conforme cálculos divulgados pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Somente em outubro, as concessões dos bancos para o crédito de imóveis contabilizaram R$ 13,9 bilhões, salto de 84% sobre o mesmo mês de um ano antes e incremento de 7,4% em relação a setembro. Em valores nominais, o volume financiado em outubro marca o segundo recorde mensal consecutivo da série histórica iniciada em julho de 1994.
Fatores
- Taxa Selic em queda
O Brasil nunca viveu uma taxa de juros tão baixa. Por isso, investidores têm buscado novas formas de empregar capital para não perder rendimentos passados. Uma dessas estratégias tem sido justamente os financiamentos habitacionais, visto que as pessoas se viram em um cenário onde é melhor retirar as aplicações e investir em bens mais seguros como os imóveis.
- Crédito mais acessível
Os bancos estão perdendo espaço nesse cenário de aplicações e para incentivar a movimentação começam a oferecer melhores condições de financiamento. Para o banco não há riscos e para o comprador isso se torna uma oportunidade de um bom negócio.
- A importância de um lar
Em especial devido ao isolamento social, as pessoas têm entendido cada vez mais a importância do morar bem. Isso é visível quando observamos a quantidade de pessoas em busca de se mudar para locais maiores.
- Aluguel em reajuste
O aluguel teve um reajuste anual de 21%, o que tornou a forma de morar desvantajosa. O dinheiro do aluguel nunca foi algo que retorna para quem opta por essa modalidade de moradia, porém, com o reajuste ficou mais barato financiar que alugar.
- Investimentos
Com o mercado mais volátil, os investidores estão tendo cada vez menos garantia de retorno, já que o dinheiro está diretamente relacionado as quedas e valorizações da bolsa. Com isso, o retorno de um patrimônio sólido tem sido mais atrativo.
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